Professora transexual é lotada na Escola Carmela Dutra
Na última semana uma reportagem do Diário da Amazônia noticiou o caso da professora Vitória Bacon, 27 anos, profissional da área da Educação, com mestrado em Física e Letras, que denunciou que estava sendo impedida de trabalhar em escolas públicas do Estado, por preconceito e discriminação. A professora disse que foi agredida com chacotas e afastada de várias escolas por pressão de pais e diretores. Vitória é transexual e relata que passou por diversas escolas da Capital das quais foi “demitida”. A professora foi contratada no início deste ano pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) através da aprovação no concurso seletivo emergencial que tem um prazo de dois anos de validade.
Sensibilizado com a situação da professora, que desde o dia 2 de junho aguardava uma lotação, o procurador de Justiça do Ministério Público Federal Ercias Rodrigues de Souza procurou se inteirar sobre o caso e intercedeu pela professora junto à secretária da Seduc, Marly Cahula, que alegou não ter conhecimento do fato e se prontificou em lotar Vitória em uma nova escola da cidade. “O meu termo de lotação saiu no dia 30 de junho e a secretária, que foi muito atenciosa comigo, me mandou para a Escola Carmela Dutra, no Centro”, conta a professora.
Segundo Vitória, ela novamente passou pelo constrangimento de não ser aceita, mas a situação foi resolvida em uma reunião na sede da Seduc, entre a professora, a direção da escola e Marly Cahula. A diretora do Carmela Dutra, Iná de Aquino Freire, nega qualquer tipo de rejeição e diz que recebeu a professora com o devido respeito e profissionalismo. “Não houve nenhum problema referente a isso. Ela chegou até nós com o memorando de lotação, nós assinamos e nos reunimos na Seduc, sim, mas para acertar sobre providencias por parte da secretaria para a lotação de um supervisor, que também estou precisando para trabalhar na escola. Quanto à professora, ela já vai começar a lecionar no próximo dia 15”, declara.
A professora Vitória Bacon diz que tem medo de sofrer novas represálias, mas que já está se articulando junto à Seduc e a outros órgãos competentes, como a Procuradoria da Cidadania, para se resguardar contra qualquer tipo de problema.
Fonte: http://www.diariodaamazonia.com.br/canais.php?ch=Capital¬i=3064
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