Patricia Almeida e Andrei bastos com seu livro Assimétricos.

Andrei Bastos e seu livro Assimétricos, com Patricia Almeida.

André foi um amigo querido. Nos aproximamos durante a campanha pela ratificação da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no Brasil. Como na época eu morava em Brasília só nos conhecíamos por email. Encontrei-o pela primeira vez em uma das ações da campanha, recolhendo assinaturas no domingo, 3/5/2008, no Posto 9, em Ipanema.

Mas suas lutas pelos direitos humanos já vinha de longa data, resistindo, ainda garoto, à ditadura, e sempre se colocando ao lados dos oprimidos.

grupo na praia de ipanema recolhendo assinaturas pela ratificacao da convencao.

Além da luta pelos direitos das pessoas com deficiência, tínhamos outras coisas em comum – o jornalismo e três cânceres.

Reuniu suas forças para tornar a dor de perder o filho Alex, butalmente assassinado à noite em um ponto de ônibus escuro, pela luta por justiça e a transformação do lugar onde Alex foi morto em lugar iluminado, ponto de leitura, brincadeira e paz.

um homem e uma mulher, estante de livros em ponto de onibus.

varias pessoas com baloes em praça.

Vai fazer muita falta. Mas André vai seguir vivendo em nossa luta por justiça, contra a desigualdade, pela acessibilidade e inclusão.

Temos que fazer da saudade o nosso combustível.

#AndreiVive

 

Patricia Almeida, criadora da Inclusive – Inclusão e Cidadania

Andrei Bastos foi colaborador da Inclusive durante muitos anos e nos brindou com suas crônicas. Escolhi uma delas para homenageá-lo, que publico abaixo. Para ter acesso a outros textos de Andrei, faça uma busca com seu nome no site.

Sob o signo do câncer