Legenda pra quem não ouve, mas se emociona

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Pessoas com deficiência auditiva do DF se mobilizam pelo direito de terem acesso a legendas nos cinemas da capital

Do Sepá

Está em cartaz um filme de comédia romântica, Alice adora esse tipo de filme, então ela marca com mais duas amigas de se encontrarem em frente ao cinema. Até aí, tudo bem. Se não fosse por um detalhe, o filme é nacional e Alice é surda.

Alice é só um personagem fictício de uma história verdadeira. De acordo com o senso do IBGE de 2010, cerca de 5% da população brasileira é deficiente auditiva, para facilitar, 9,7 milhões de pessoas são surdas no Brasil.

Filipe Correia é deficiente auditivo e o atual responsável pela campanha “Legenda pra quem não ouve, mas se emociona” aqui em Brasília e conversou com a gente. Esse movimento luta, basicamente, pela acessibilidade em produções brasileiras, tanto nos cinemas, quanto nas novelas e programas de TV.

Em maio, essa campanha completou 10 anos, 20 mil assinaturas no abaixo-assinado e 5 mil curtidas no Facebook. Os ouvintes – os que ouvem – costumam aderir à campanha, já que se sensibilizam com as dificuldades enfrentadas pelos surdos.

Existe o projeto de Lei n. 256/2007 que tem o mesmo objetivo que a campanha, porém nunca chegou a ser votado pela Câmara dos Deputados, a iniciativa do abaixo-assinado é para que isso volte a ser pauta.

O Close Caption é um avanço e já está sendo utilizado em alguns programas de TV, mas ainda precisa melhorar, Filipe reclama da falta de disponibilidade do recurso em toda a programação.

“É preciso melhorias, como a sincronização da fala com a legenda, também os erros gramaticais, tudo isso é evitável, mas está faltando o bom senso”, completa.

E Filipe ainda convida para vestirmos todos a essa iniciativa, no site da campanha – www.legendanacional.com.br – é possível comprar a camisa que já atraiu várias pessoas, inclusive artistas – veja as fotos no site. Aproveite que está passando por lá e faça parte desta luta.