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Em documento lançado no Seminário Cidadão do Futuro, realizado nos dias 26 e 27 de outubro, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência apresenta quatro eixos para a construção de um “Programa de atenção integral à primeira infância”.

No primeiro desses eixos, “Unificação e Consolidação”, propõe sete domínios de atuação desse programa: 1) infância: unificação do nome; 2) Unificação da porta de entrada; 3) Unificação do protocolo local de atendimento; 4) Unificação do calendário; 5) Unificação do prontuário – cartão da criança; 6) Consolidação do sistema de avaliação do desenvolvimento infantil e ampliação do seu escopo; 7) Introdução de uma forma local de gestão unificada.

O ponto polêmico criticado por pesquisadores da educação infantil (leia mais aqui) está no eixo 6, que propõe a criação de um protocolo unificado de avaliação do desenvolvimento infantil.

De acordo com o documento, o programa deve “definir múltiplos momentos no processo de desenvolvimento e múltiplos instrumentos que permitam avaliar e monitorar os diversos domínios (físico, motor, comunicação, social, emocional, pessoal, cognitivo, etc.) do desenvolvimento infantil”.

O texto afirma que as avaliações realizadas atualmente privilegiam o domínio biológico com pouca atenção ao sócio-emocional e cognitivo. “É necessário ampliar o escopo destas avaliações”.

No tópico “Qual a utilidade?”, sugere que uma atenção integral adequada requer avaliações periódicas. “Apenas com base nestas avaliações é possível detectar precocemente determinadas necessidades. Sem estas avaliações não seria possível utilizar o protocolo unificado uma vez que este requer que encaminhamentos sejam realizados dependendo do resultados das avaliações”, diz. “Sem avaliações periódicas não é possível monitorar o desenvolvimento de cada criança”.

Uma das experiências consideradas inovadoras como método avaliativo, pela SAE, é a aplicação do questionário ASQ-3, no Rio de Janeiro. Lá, a avaliação foi realizada em parceria com a própria Secretaria (leia mais aqui).

Fonte: Observatório da Educação