Cursos e eventos - agende-se!O evento ocorre no dia 20/05 (sexta-feira), a partir das 9h, em São Miguel Paulista, na zona leste da capital. Promovido pela Fundação Tide Setubal, contará com as presenças de Ana Carla Fonseca Reis, Candido Malta Campos Filho e Maurício Broinizi.

Em 20 de maio, a partir de 9 horas, a Fundação Tide Setubal promove o IV Encontro de Cultura e Sustentabilidade, no CDC Tide Setubal, situado em São Miguel Paulista, na zona leste da capital. Nesta edição, estará em pauta o tema: “Economia criativa: desafios e rupturas para construção de uma cidade sustentável”.

Aberto a todos os interessados, o encontro busca refletir aspectos que definem o significado da economia criativa, considerada uma estratégia para o desenvolvimento sustentável que agrega a cultura, a arte, a criatividade e as novas tecnologias nas práticas de produção de bens e serviços. Os três pilares da economia criativa são a singularidade, o valor simbólico e imaterial/intangível. Esses serão os eixos da discussão que se entrelaçará com as propostas sustentáveis para as cidades.

Para abordar esses assuntos, estarão presentes os debatedores Ana Carla Fonseca Reis, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP e assessora em economia criativa para a ONU (Unctad e Pnud); Candido Malta Campos Filho, arquiteto e urbanista, professor aposentado da FAU-USP e secretário de planejamento da Prefeitura de São Paulo de 1976 a 1981, nas gestões de Olavo Setubal e Reynaldo de Barros; Maurício Broinizi Pereira, coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo e doutor em História Econômica pela USP.A mediação será de Maria Alice Setubal, socióloga e presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal.

Segundo Tião Soares, coordenador de Cultura da Fundação Tide Setubal, a proposta deste encontro é contribuir para uma compreensão mais alargada sobre os conceitos de economia, criatividade e cultura. “Economia criativa é um novo modo de olhar para o mundo e de tratar a singularidade de alguns saberes. A riqueza humana e os valores simbólicos são levados em conta neste novo paradigma. Tudo isso é bem importante para pensarmos em uma cidade em que as pessoas se reconheçam como produtoras, não só como consumidoras”, explica.

Conexão local e global

Tião lembra que o tema conecta-se ao trabalho da Fundação Tide Setubal em São Miguel, na medida em que sua missão é a de contribuir para o desenvolvimento sustentável da região, valorizando os saberes e fazeres locais. “É uma oportunidade para os coletivos artísticos da zona leste refletirem sobre os valores simbólicos e a economia da cultura; para os representantes dos projetos apoiados pelo Fundo ZL Sustentável pensarem seus produtos e serviços a partir da ótica da economia criativa”.

O IV Encontro estabelece ainda uma conexão entre as questões locais e globais, ao discutir economia criativa, um conceito bastante difundido em países desenvolvidos como Inglaterra, e relacioná-lo ao tema do plano diretor da capital paulista e à proposta de rede de cidades sustentáveis. “São Miguel é o cenário para esse debate. Com certeza, as falas do encontro vão inspirar diversas iniciativas, como a Conferência Livre de Cultura na Zona Leste, que devemos organizar no segundo semestre”, acrescenta Tião.

Nova publicação

Com a finalidade de disseminar a discussão para outras partes da cidade, a Fundação Tide Setubal edita publicações com o conteúdo dos encontros. No dia do encontro, será lançada, com distribuição gratuita a todos os interessados, a edição de Cultura e Sustentabilidade: o papel das organizações não governamentais e a cultura dos movimentos sociais na apreensão e implementação de políticas públicas.

Essa publicação traz as discussões do 3º. Encontro Cultura e Sustentabilidade, realizado em maio de 2010, que teve como debatedores: Francisco Whitaker, arquiteto, urbanista e membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral; Oded Grajew, empresário, integrante do Movimento Nossa São Paulo e do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; e Silvio Caccia Bava, sociólogo, coordenador geral do Instituto Pólis e editor do jornal Le Monde Diplomatique Brasil.

Algumas das reflexões em pauta na terceira edição do encontro, que reuniu mais de cem moradores e líderes sociais da zona leste, no CDC Tide Setubal, foram: a trajetória e os processos para mobilização popular; a importância do conhecimento gerado pelas organizações sociais para analisar demandas e propostas do poder público; e a necessidade da informação para ações mais conscientes.

IV Encontro de Cultura e Sustentabilidade

Economia criativa – desafios e rupturas para construção de uma cidade sustentável Quando: 20 de maio, sexta-feira, das 9h às 14h Onde: CDC Tide Setubal – Rua Mário Dallari, 170, Jd. São Vicente, São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo (SP) Mais informações: (11) 3168-3655

Informações adicionais: Sobre os convidados: Debatedores

Ana Carla Fonseca Reis: doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP, é fundadora da empresa “Garimpo de Soluções – economia, cultura e desenvolvimento”, consultora da ONU, curadora da conferência britânica Creative Clusters e do Creative Cities Summit de Detroit. É autora, dentre outros, do livro Economia da Cultura e Desenvolvimento Sustentável (Manole 2006) – Prêmio Jabuti 2007, e co-editora e organizadora da antologia Economia Criativa como Estratégia de Desenvolvimento (Garimpo de Soluções e Itaú Cultural 2008).

Candido Malta Campos Filho: professor aposentado de Planejamento Urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU- USP). Foi secretário de Planejamento da Prefeitura de São Paulo de 1976 a 1981, nas gestões de Olavo Setubal e Reynaldo de Barros. Atualmente, é presidente da Sociedade Amigos dos Jardins Europa e Paulistano (Sajep) e diretor de Planejamento do Movimento Defenda São Paulo e da Urbe – Planejamento, Urbanismo e Arquitetura S/S Ltda.

Maurício Broinizi Pereira: doutor em História Econômica pela USP, é coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo e professor da PUC-SP.

Mediação

Maria Alice Setubal: doutora em psicologia da educação pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e mestre em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo), é presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal e do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).

Sobre a Fundação Tide Setubal

Desde 2005, trabalha para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região de São Miguel Paulista, bairro da zona leste de São Paulo (SP). Para isso, desenvolve ações voltadas a famílias, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, em parceria com órgãos do governo e ONGs e em articulação com políticas públicas, priorizando a participação ativa da comunidade, fornecendo-lhe informação e estimulando a construção da sua autonomia.

Todas as relações e as atividades da Fundação são norteadas por quatro princípios: construção de uma sociedade justa e solidária, tendo como pressuposto a inclusão democrática e participativa de todos os segmentos sociais; respeito às diferentes temporalidades, pluralidades e diferenças culturais; valorização da cultura, tradições, experiências e costumes da comunidade; valorização do trabalho voluntário.