Lucio Carvalho e Patricia Almeida

1º/04/2010 – Não resta dúvida de que a matéria-prima e objeto final dos direitos humanos é a pessoa humana e a busca permanente pela sua dignidade. Entretanto, a sua existência histórica e social, sua narrativa e trajetórias pressupõem o registro da informação e, além dele, a sua circulação. Nossa época está marcada definitivamente pelas redes e a história da Inclusive está intimamente relacionada às possibilidades de colaboração remota. Mais do que isso, pela rede de colaboração que tem possibilitado essa pequena história e também essa narrativa.

Mas a circulação de informações sobre direitos humanos também não se dá de forma aleatória, ocasional. Sempre é necessário ter em mente a interlocução das pessoas, pontos de vista e uma perspectiva de desenvolvimento humano para toda a sociedade. E não só é necessário ter isso em mente como também, e fundamentalmente, a compreensão e compromisso com essa, digamos, “matéria-prima”. Nesse sentido, estar aberto e receber a impressão da cidadania de um modo geral nos tem devolvido um grande senso de responsabilidade em relação ao que fizemos, fazemos e queremos ainda fazer.

Esse senso, essa intensa troca que fazemos entre leitores, colaboradores, parceiros e amigos, esse é o combustível que nos impulsiona não a buscar ou repetir uma fórmula, mas principalmente a buscar modos efetivos de colaborar na circulação da informação, a fazer a roda da inclusão girar e atrair cada vez mais as pessoas para compromissos baseado na crença das potencialidades de todos os seres humanos, sem fechar os olhos às injustiças e sem deixar de combatê-las. Por isso gostaríamos de hoje, quando iniciamos nosso 3º ano de vida, agradecer a todos que têm depositado sua confiança na Inclusive e garantir que a nossa presença permanece com o objetivo de somar, não dividir. E também de dizer que, de nossa parte, continuarão tendo em nós seus leitores, colaboradores, parceiros e amigos.