Depois de avanço na universalização, nova meta é ampliar a qualidade da educação inclusiva
Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é a universalização da educação inclusiva e especial até 2024. Nos últimos anos, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada e Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) avançou muito nesses temas. A intenção, agora, é promover a qualidade desse atendimento.
De acordo com Ivana de Siqueira, titular da Secadi, foram oferecidos aos estudantes apoio pedagógico, salas multifuncionais, salas de recursos e toda a parte de formação de docente e professores para atuarem nesse segmento. Tudo de acordo com a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que determina que as escolas e os espaços educacionais estejam preparados tanto do ponto de vista de formação de docentes quanto da acessibilidade. “Sabemos que se eliminarmos as barreiras existentes na sociedade a inclusão é um passo muito mais simples”, disse a secretária. “A acessibilidade está muito mais no contexto em que as pessoas convivem do que nas condições delas.”
Durante entrevista ao programa Educação no Ar, da TV MEC, também transmitido pela NBR, Ivana afirmou que o Ministério mapeou todas as escolas que estão ofertando a educação inclusiva e que agora pretendem estabelecer indicadores e desenvolver metodologias de acompanhamento desse processo nos municípios e estados.
Para ela, a alfabetização é o primeiro passo. Depois o aluno deve seguir para o ensino fundamental e médio e se preparar para a educação profissional. “É fundamental que os jovens e adultos tenha a educação relacionada com uma perspectiva profissional. Quando ele tem essa visão de profissionalização, ele tem um horizonte de futuro mas delineado, o que o anima a seguir com os estudos”, complementou.
Graduada em psicologia com especialização em educação e desenvolvimento e mestrado em educação, Ivana de Siqueira esteve nos últimos 13 anos atuando na área de direitos humanos. De volta ao MEC, onde trabalhou com educação especial entre 1994 e 2003, Ivana defende que é preciso dar visibilidade e incluir, além das pessoas com deficiência, os indígenas, os quilombolas e os que não tiveram oportunidade de escolarização na idade correta.
“É um desafio importante, e eu me senti muito animada principalmente com essa gestão do Ministério que abraçou e abraça essa causa de uma forma muito especial”, concluiu.
A senhora Ivana Siqueira pode ter excelentes intenções na questão da inclusão escolar. Porém, precisa tomar conhecimento da precariedade com que muitos alunos especiais vêm sendo tratados nas escolas regulares. Muitas crianças com déficit intelectual comprovado estão totalmente desatendidos nas escolas, deixados de lado, num canto no final de uma fila em sala de aula. Sem monitor, o que uma criança com pouca aprendizagem está fazendo numa sala de aula. Se já com os alunos típicos, a situação é bem precária. Imagina o que acontece com os especiais.
Senhora Ivana, visite as salas de aulas, as escolas, os recreios. Veja o bullying que a maioria das crianças especiais estão sofrendo de seus colegas, até de alguns professores.
Como ninguém fiscaliza, ninguém se importa, nossas crianças dependem da boa vontade de alguns professores heróis, que mesmo neste caos que está a educação são dedicados e fazem a diferença, ajudando muito seus alunos.
Mas há muitos que não estão nem aí. recebendo o seu salário no final do mês está bem. Retirei meu filho com atraso no desenvolvimento da escola devido à falta de atendimento às suas necessidades e pelo constante bullying que sofria. Agora estou o ensinando em casa. Ele está aprendendo bem melhor sem ter que ser desrespeitado no meio da bagunça que se tornou a maioria das escolas. O estado não tem moral para me cobrar nada, porque se omitiu no cumprimento da lei que determina que sejam oferecidos todos os meios para a inclusão escolar da criança com deficiência. Quem não cumpre não tem o direito de exigir.
Gostaria que muitos pais que se sentem prejudicados pelo descumprimento à Lei, lessem estas palavras, e retirem seus filhos de onde eles não são atendidos nem respeitados. Não podemos cruzar os braços diante de tanta incompetência, omissão e desrespeito às pessoas com deficiência.
Concordo com a PAOLLA !Só quem sabe como é a aprendizagem desses alunos são os professores . Salas de aula continuam entupidas , desculpe-me pelas palavras , mas é que é verdadeiro mesmo !Os diretores e secretárias das escolas não querem nem saber , pois o importante para eles são o número de alunos , assim eles ” ganham ” , têm um salário maior . Ou seja , a responsabilidade continua sobre caindo somente para o professor. É tudo ” balela ” , chegam nas escolas , vão direto falar com o diretor , que manda chamar os supervisores e diz que está tudo bem . Bem , coisa nenhuma ! Quem sabe disso de verdade , são os professores . Esses sim é quem sabem de toda a verdade ! Apesar de que há professores que também não estão nem aí ! Vão ” empurrando ” para o próximo e assim essas crianças chegam ao 2º grau sem saber ler e escrever .