Assista ao depoimento da atriz Rita Pokk, do filme Colegas, sobre a inclusão escolar

Transcrição
Desde pequena eu estudei numa escola normal, em São Paulo.
Eu me divertia pra caramba, adorava estudar muito, ficar com meus amigos.
Eu tinha dificuldade de pegar as matérias. E eu no comecinho e a professora apagando.
E eu escrevendo.
Cadê?
Aonde que eu estou?
E a professora tinha apagado…
Como que eu vou pegar a matéria?
E eu comecei a dificuldade de pegar a matéria.
Então, o que a minha mãe fez? Ela pegou toda a matéria, levou para casa.
E minha mãe me ensinou uma série de coisas que eu aprendi e voltei pra escola.
Eu fiz da quinta até a sétima série incompleta.
Se eu tivesse uma filha, se eu fosse mãe, eu vou por ela numa escola normal, conversar com diretores, professores.
Eu ia atrás, ia brigar até achar uma escola para pessoas normais e para pessoas com deficiência, tudo misturado.
A minha mãe jamais faria isso, de me tirar de uma escola normal para me colocar numa escola para deficiência.
Porque eu quero interagir, não quero me isolar.
Eu quero seguir em frente, encarar a sociedade de frente.
Mais uma vez eu vou ser a voz discordante daqui. Já me acostumei a ser o ogro antipático, então, uma a mais uma a menos vai dar na mesma.
Esse video da Rita é exatamente tudo que a Fenapaes vai usar de argumento contra a inclusão
“Como que eu vou pegar a matéria? E eu comecei a dificuldade de pegar a matéria….”
Estão vendo como a escola regular não serve para as pessoas com deficiência? A escola e os professores não sabem lidar com eles.
“E minha mãe me ensinou uma série de coisas que eu aprendi e voltei pra escola.”
Ou seja, o que ela aprendeu foi fora da escola…não estava numa escola especial mas estava separada de todos, estudando em casa.
“Eu fiz da quinta até a sétima série incompleta…”
Depois a gente reclama que a escola especial não dá a formação completa, Na prática ela fez dois anos e pouco de escola comum. Isso é o exemplo que queremos divulgar? Não temos tantos jovens que estudaram da pré-escola ao ensino superior em escolas comuns para mostrar?
Não é porque a Rita é uma pessoa famosa na mídia que ela representa o que nós procuramos para os nossos filhos. Não é por essa escola que estamos lutando. Não é porque acreditamos na participação da família que vamos nos tornar professores particulares dos nossos filhos.
Me perdoem, mas a divulgação desse video é um tiro de canhão no pé.
Fábio, parabéns! não sei quem vc é mas vc disse tudo o que penso, sou mãe de um down e sou chamada como vc, dizem até que discrimino o meu filho mas, eles não sabem o caminho que percorremos para que ele esteja onde ele está hoje, como a Rita disse o que ela aprendeu a mãe a ensinou e não a escola, aqui os professore e auxiliares ficam passeando pelos corredores com as crianças pode ver que não tem uma atividade adaptada no caderno das crianças e as mesmas não tem caderno da sala de recurso isso é inclusão? não! não! isso é uma vergonha.
Infelizmente por pessoas como vocês é que nossas crianças não se desenvolvem como deveriam, a educação inclusiva, com escolas e professores preparados é uma tendência nos países desenvolvidos, está mais do que comprovado que as crianças com deficiência só atingem a plenitude do seu desenvolvimento nesta condição .
Eu tive experiência com a APAE e a decepção foi gigantesca, profissionais jovens e mal preparados, ensino precário e limitado, falta de apoio financeiro ….
Fica o meu conselho aos pais, busquem conhecimento antes de ouvir e seguir informações pouco embastadas