Anistia Internacional, uma vela acesa cercada por um arame farpado

Em 2011, a Anistia Internacional irá abrir um escritório no Brasil. Vamos consolidar o nosso diálogo com a sociedade brasileira e com as organizações brasileiras e internacionais, além de desenvolver novas parcerias e contribuir a inda mais para que todos os brasileiros possam desfrutar plenamente dos direitos humanos.

* Iremos apoiar os milhões de brasileiros que lutam todos os dias por um mundo em que a igualdade e a justiça social sejam realidade:
* Canalizando a energia e o entusiasmo das pessoas, principalmente dos mais jovens, para produzir melhoras concretas nas questões de direitos humanos que afetam suas vidas.
* Apoiando os mais vulneráveis e marginalizados – como os povos indígenas, as mulheres e os que vivem na pobreza – na sua luta por direitos humanos.
* Unir os brasileiros aos ativistas ao redor do mundo para agir em solidariedade e lutar contra a injustiça em escala global.

História

O trabalho da Anistia Internacional no Brasil tem uma história que não é de hoje.

Na verdade, a primeira ação urgente emitida mundialmente pela Anistia, no dia 19 de março de 1973, foi em favor de um ativista brasileiro.

O professor universitário Luiz Basilio Rossi, por motivos políticos, havia sido preso pelo regime militar. Sua família só teve permissão de visitá-lo depois que as cartas escritas pelos membros da AI em todo o mundo começaram a chegar. Naquela época, muitas das pessoas que acabaram em custódia da polícia jamais foram vistas novamente. O professor Rossi, felizmente, acabou sendo posto em liberdade em outubro de 1973.

Ele considerou que apoio da Anistia Internacional foi crucial para isso: “Eu sabia que meu caso havia se tornado público, sabia que eles não podiam mais me matar. Isso fez com que a pressão sobre mim diminuísse e que minhas condições melhorassem.”

Desde então, nossos membros em todo o mundo têm convocado diferentes governos brasileiros para que melhorem as condições nas prisões e acabem com a tortura, os maus-tratos e os homicídios cometidos por policiais. Atuamos para impedir que os mais marginalizados sejam criminalizados e sofram abusos, e fazemos campanhas em favor dos direitos dos povos indígenas e para terminar com a violência contra as mulheres.

O Brasil e o direitos humanos

Nos últimos anos, o Brasil tem tido um forte crescimento econômico e muitos brasileiros saíram da miséria. Mas ainda há milhões de pessoas sem proteção de seus direitos e que precisam lutar para sobreviver.

Em seu discurso de posse, a presidenta Dilma Rousseff manifestou seu compromisso com os direitos humanos, e enfatizou que atender às necessidades dos mais pobres é crucial para assegurar o desenvolvimento do país. Chegou a hora de garantir que esse compromisso se traduza em melhoras concretas no dia-a-dia dos brasileiros.

Por sua liderança na política regional e sua crescente importância no cenário internacional, o Brasil tem o potencial para influenciar a agenda de direitos humanos no âmbito regional e internacional.

Fonte: Anistia Internacional