Visão Mundial lança campanha ‘Saúde Infantil Primeiro’

A meta número quatro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) chama os governos e chefes de Estado mundiais a “reduzir a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade” até 2015. Para ajudar os países da América Latina e do Caribe a alcançarem a meta, a organização Visão Mundial lançou, na quinta-feira passada (14), a campanha “Saúde Infantil Primeiro” na região.
A iniciativa acontece em Bolívia, Brasil, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e República Dominicana com o objetivo de ajudar organizações sociais e governos a desenvolverem ações que garantam a promoção, a prevenção e o acesso de crianças, adolescentes e adultos a serviços de saúde materno-infantil de qualidade.
“Esta campanha busca que todas as famílias tenham acesso à educação, prevenção e acesso a serviços de saúde com qualidade de tal forma que assegure que todas as crianças, especialmente aquelas que se encontram em condição de vulnerabilidade, possam viver de forma saudável em suas comunidades”, explicou Visão Mundial.
De acordo com a entidade, um relatório apresentado neste mês pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os ODM mostrou que a região latino-americana e caribenha conseguiu alguns avanços nas metas referentes à redução da fome, à igualdade de gênero e à sobrevivência infantil. Entretanto, os progressos nos objetivos de erradicação da pobreza, de acesso à educação, de melhoria na saúde materna e de combate ao HIV ainda continuam lentos.
“Na América Latina e no Caribe, investigações ocorridas durante os anos 2005-2006 mostraram que a desigualdade impactava negativamente na saúde de meninos, meninas, adolescentes e jovens, especialmente daqueles pertencentes a populações indígenas, afrodescendentes e meninos/as com deficiência. A desigualdade segue sendo o grande tema e confirma que a saúde é uma necessidade que a região deve abordar. Sobretudo no que respeita ao acesso e à qualidade dos serviços”, destacou.
Exemplo dessa desigualdade aparece no México. Segundo a organização, a sobrevivência das crianças indígenas é menor que a das não-indígenas em quase todas as unidades federativas do país. No Brasil, a diferença entre as regiões é evidente. Enquanto no Rio Grande do Sul – região Sul do país – a taxa de mortalidade é de 13,1% para cada mil crianças nascidas; em Alagoas, no Nordeste brasileiro, a taxa chega a 48,2%.
Dados de Visão Mundial ainda revelaram que, por ano, cerca de 300 mil crianças menores de cinco anos morrem na América Latina. A situação também não é animadora em relação à taxa de mortalidade materna. De acordo com a entidade internacional, em El Salvador, por exemplo, 173 mães morrem para cada 100 mil crianças nascidas vivas. Das mortes, 90% são de causas evitáveis.
ODM
No ano 2000, 189 líderes mundiais reunidos nas Nações Unidas se comprometeram a cumprir, até 2015, oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). São eles: erradicar a pobreza extrema e a fome; educação universal; igualdade entre os gêneros; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/Aids; sustentabilidade do meio ambiente; e fomentar uma associação mundial.
Fonte: Adital
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