Inclusão Já – Em defesa do direito à educação inclusiva

O Inclusão Já! foi criado com o objetivo de divulgar informações relevantes sobre a inclusão escolar no país. O acesso e a permanência na escola comum são direitos indisponíveis de todos os cidadãos brasileiros com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação (pessoas que são público-alvo da Educação Especial). Isso significa que não cabe a ninguém decidir se elas podem ou não estar em uma escola regular. Trata-se de um direito, garantido inclusive constitucionalmente e pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e este não se discute.
Um país que pensa políticas públicas excludentes, em vez de somar esforços para buscar novas formas de estabelecer e fortalecer uma escola para todos, não tem condições de se configurar como uma nação que respeita seus cidadãos. Tendo isso em vista, as políticas para a educação inclusiva no Brasil foram instituídas nos últimos anos para reverter décadas de exclusão, segregação e supressão dos direitos especificamente das pessoas com deficiência.
Felizmente, o Brasil avançou muito. Em todos os seus municípios, diariamente milhares de alunos com deficiência são matriculados e recebidos por escolas cada vez mais cientes de seu papel na sociedade e na vida dos novos alunos. Por outro lado, todos os dias, nesses mesmos municípios, milhares de familiares também têm suas vidas transformadas: vão substituindo a dúvida, o medo e a preocupação de ter o filho na escola comum pela alegria de saber que seu filho pode aprender e conviver com os demais, que ele é um sujeito de direitos e que a escola regular é seu lugar, sim. A inclusão escolar no Brasil está no caminho certo. E esse caminho é sem volta.
Nosso propósito é fazer deste espaço um ponto de partida para a reflexão, um ponto de referência para os meios de comunicação que querem entender e mostrar a inclusão se consolidando pelo país, um ponto de encontro de professores, familiares e gestores e um ponto de vista novo para aqueles que ainda defendem escolas especiais e a segregação que provocam sob a ilusão do cuidado.
Na seção Conte sua História o internauta é convidado a compartilhar casos de inclusão escolar, com o objetivo de mostrar que a inclusão leva tempo, porque precisa ser construída, mas que é possível. E tem mudado a vida de muita gente.
Equipe Inclusão Já!
http://inclusaoja.com.br/conte-sua-historia/
São membros do Inclusão Já
Claudia Grabois
Ex-diretora de educação especial do município do Rio de Janeiro, especializanda em Direito Educacional Brasileiro (IPAE), ex-presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e membro do CONADE-SDH, diretora de inclusão social da FIERJ e coordenadora da Rede Inclusiva.
Maria Teresa Eglér Mantoan
Pedagoga, mestre e doutora em Educação e professora da Universidade Estadual de Campinas, onde coordena o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Diferenças (Leped).
Meire Cavalcante
Empresária, consultora e jornalista especializada em educação. Graduada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero e mestranda em Educação Inclusiva pela Unicamp.
Fonte – Inclusão Já
“diariamente milhares de alunos com deficiência são matriculados e recebidos por escolas cada vez mais cientes”. Cientes de quê? De que têm obrigação de colocar estes alunos em suas unidades escolares? De que não podem se negar à matricula? No caso das deficiências fisicas ainda existe um pouco mais de adaptação, barreiras arquitetônicas são mais facilmente quebradas. Agora, em se tratando de deficientes sensoriais e mais ainda dos intelectuais ou com transtornos invasivos do desenvolvimento, os professores, diretores, coordenadores de escolas regulares são os primeiros a manifestarem que não têm condições de acolher de modo adequado estes alunos. Não existem recursos materiais, fisicos e muito menos então recursos humanos para tal atendimento. Isto é politicagem, e da pior espécie, para que sejam enviados relatórios à ONU que o Brasil cumpre com o que determina a Convenção,que no Brasil o convivio com a diversidade é maravilhoso, afinal brasileiro é “tão bonzinho”