Carteira de trabalho

A tese de doutoramento “Um modelo de avaliação da qualidade de vida no trabalho para pessoas com deficiência”, do Prof. Antonio Nunes (UFPE) acaba de ser lançada pela Editora Edgard Blucher.

Esse estudo tem sido útil na elaboração de políticas públicas e na gestão de empresas privadas.

O livro pode ser adquirido por e-mail: prof_nunes@hotmail.com ou pela Potylivros (www.potylivros.com.br), tel. (81) 3423-1100.

A elaboração contou com a participação do Messias Tavares, da Iris e do Romeu Sassaki, entre outros.

Esse é um dos primeiros trabalhos voltados para a área da deficiência sobre o tema. O conceito de QVT, por assim dizer, traz mais um avanço à concepção da inserção e da gestão de pessoas com deficiência no trabalho, pois agrega valor às etapas da permanência e eventualmente da promoção.

O tema remete à recente enquete (abril 2011) feita pela empresa Page Personnel, por e-mail enviado a 243 pessoas, entre março e abril deste ano e cujos resultados foram publicados pelo jornal O Estado de São Paulo, 22/05/2011.

Dentre estes, destacam-se:

§ 43% dos entrevistados têm como objetivo profissional, para os próximos 2 anos, mudar de empresa e de função

§ 39% pretendem permanecer na empresa, mas em outra função

Estes dados apontam para uma situação de insatisfação e de alta rotatividade: Do total dos que responderam, 33% já trabalharam em cinco ou mais empresas ao longo de suas carreiras e 21% em quatro companhias. E em um período de mais uma década, 22% trabalharam em cinco ou mais empresas.

Do total de participantes,os que têm formação superior e pós graduação somam 70%, 21% possuem ensino médio, 7% ainda estão cursando o ensino médio e 2% têm mestrado (stricto sensu). “Eles são desde operadores de call center a economistas com mestrado”, afirma Castro, um dos diretores da Page Personnel. Esses dados mostram que a tão alegada falta de escolarização de pessoas com deficiência não é uma verdade absoluta – como tem sido tão apregoada. E mostram, ainda, uma distorção do mercado, que frequentemente não abre oportunidades à altura da qualificação das pessoas.

“Existem profissionais altamente qualificados nesse grupo no mercado – e não é um público pequeno. As pessoas em geral acham que os deficientes trabalham apenas em empregos operacionais, de baixa qualificação”, observa o diretor da Page Personnel. A visão dos gestores de empresas também não é muito diferente, acrescenta: “O gestor não enxerga esse profissional como alguém que vai galgar posições dentro da companhia, mas sim que está lá apenas para preencher uma cota.”