Mortalidade materna: uma tragédia evitável
No Brasil, a data é também marcada por ações que buscam alertar para a redução da mortalidade materna, uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres por ser uma tragédia evitável em 92% dos casos.
O Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher é uma data para reflexões, denúncias, sensibilização, proposições e de defesa permanente da saúde integral e direitos reprodutivos das mulheres em todos os ciclos de vida. No Brasil, a data é também marcada por ações que buscam alertar para a redução da mortalidade materna, uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres por ser uma tragédia evitável em 92% dos casos. Esta data também chama atenção para outros sérios problemas como as mortes causadas pelo aborto clandestino realizado em condições inseguras e que segundo o Ministério da Saúde é responsável por 15% dos casos de mortalidade materna, em razão da situação de ilegalidade em que é praticado.
A prática de abortamento em condições clandestinas no País tornou-se um grave problema de saúde pública, responsável pela quarta causa de mortalidade no país, a primeira causa dessas mortes em Salvador(BA) desde 1990 e a terceira causa em São Paulo (SP). Estudos de importantes pesquisadoras como Alaerte Leandro Martins, coordenadora-adjunta da Regional da Rede Feminista de Saúde do Paraná, revelam que as mulheres negras têm o maior risco de morrer, do que as mulheres brancas, por serem as mais pobres e porque enfrentam maiores dificuldades de acesso aos serviços de saúde de boa qualidade.
A Rede Feminista de Saúde, que coordena no País a Campanha 28 de Maio – Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, destaca ainda o crescente número de recém nascidos abandonados e as constantes violações ao direito à saúde nas prisões femininas reveladas nos documentos elaborados pela Relatoria do Direito Humano à Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais,Culturais e Ambientais – Plataforma Dhesca Brasil . A Rede Feminista de Saúde tem sede em Porto Alegre/RS.
Sobre o Dia Internacional da Saúde da Mulher – O Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher -28 de maio – foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde (1984, Holanda), durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos, ocasião em que a morte materna apareceu em toda a magnitude de sua crueldade como parte do cotidiano das mulheres em quase todo o mundo. Desde então, o tema adquiriu maior densidade e no V Encontro Internacional Mulher e Saúde (1987, São José da Costa Rica) a Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC propôs que a cada ano, no 28 de maio, deveria se eleger um tema da saúde da mulher para ação política que visasse, sobretudo, prevenir mortes maternas evitáveis, via uma campanha que disseminasse debates e o fortalecimento da luta pela prevenção da mortalidade materna. Neste 2011, a Campanha 28 de Maio tem como meta ser uma ação permanente de defesa da saúde integral e dos direitos reprodutivos das mulheres em todas as fase da vida.
Quem fala com a Imprensa
Sobre a saúde Integral das mulheres e sobre o aborto legal e seguro
Telia Negrão – Jornalista e Cientista Política, Secretária Executiva da Rede Feminista e Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e integrante da Coordenação da Comissão de Monitoramento do Pacto Nacional de Redução da Morte Materna – 51 8100-3878
Margareth Arilha – Doutora em Saúde Coletiva, Pesquisadora em Saúde Reprodutiva do NEPO – Núcleo de Estudos da População da UNICAMP , membro da Comissao de Cidadania e Reprodução (SP) – 11 7806-6462
Sobre mortalidade materna e saúde das mulheres negras
Alaerte Leandro Martins – Doutora em Enfermagem e Integrante da Coordenação da Comissão Nacional de Morte Materna do Ministério da Saúde e da Rede de Mulheres Negras do Paraná 41 9154-1860
Maria Noelci Teixeira Homero – Coordenadora da Regional da Rede Feminista de Saúde do Rio Grande do Sul e da entidade Maria Mulher Organização de Mulheres Negras – 51 8123-3090
Sobre a violação dos direitos humanos das mulheres em situação de vida prisional
Maria José de Oliveira Araujo – Médica, Coordenadora da Relatoria do Direito Humano à Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais. Culturais e Ambientais – Plataforma Dhesca Brasil e Coordenadora da Regional da Rede Feminista da Bahia – 71 9147-9941
Maria Luísa Pereira de Oliveira – Mestra em Saúde Coletiva, Psicóloga, Secretária Adjunta da Rede Feminista de Saúde e integrante da Coordenação da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais. Culturais e Ambientais – Plataforma Dhesca Brasil – 51 9994-3769
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