Papai Noel vendendo Coca-Cola

Natal sempre foi momento de confraternização e de presentear pessoas queridas. E nas duas últimas décadas, a data também é a mais rentável no ano para o comércio, além de atrair a atenção de todo o mercado, que cria e veicula publicidades especialmente planejadas para a ocasião. O problema é quando esse apelo para o consumo atinge um público hipervulnerável: as crianças.

“Por estarem em fase de desenvolvimento, as crianças são muito suscetíveis às mensagens comerciais, que despertam desejo de consumo sem atrelar a uma ponderação se aquele produto é realmente necessário”, explica Lais Fontenelle, psicóloga e coordenadora de Educação do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana.

A exemplo do Dia das Crianças, a data registra um aumento significativo de anúncios. “É um verdadeiro bombardeio. O público infantil fica exposto a essas mensagens mercadológicas que, além da TV e da internet, estão em outros espaços, como nos pontos de venda, nas embalagens e nas promoções”, afirma Isabella Henriques, advogada e coordenadora geral do Projeto.

Sobre o Projeto Criança e Consumo

O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, desenvolve atividades que despertam a consciência crítica da sociedade brasileira a respeito das práticas de consumo de produtos e serviços por crianças e adolescentes. Debater e apontar meios que minimizam os impactos negativos causados pelos investimentos maciços na mercantilização da infância e da juventude faz parte do conjunto de ações pioneiras do Projeto que busca, como uma de suas metas, a proibição legal e expressa de toda e qualquer comunicação mercadológica dirigida à criança no Brasil. Mais informações no site: www.criancaeconsumo.org.br.

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Fonte: Projeto Criança e Consumo