Na imagem: Lelio Falcão (Força Sindical), Celso Woyciechowski (CUT), Oded Grajew (CIVES), e Francisco Whitaker (CBJP). Foto: Agência Inclusive.

Lucio Carvalho, de Porto Alegre

Na manhã deste domingo (24/01) aconteceu a primeira entrevista coletiva com membros do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial 10 anos – Grande Porto Alegre. Francisco Whitaker, Oded Grajew e representantes dos comitês local e estadual apresentaram dados sobre a participação, programação, atividades e responderam perguntas dos jornalistas.

Os organizadores do evento estimam um público de cerca de 30.000 pessoas e a ocorrência de pelo menos 300 oficinas que acontecerão em Porto Alegre, Sapiranga, Canoas, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo e Gravataí. Atividades culturais estão programas em todas as cidades, incluindo também o público infantil nas atividades do “Forunzinho”, que contará com a participação de escritores e grupos teatrais. Muito distantes das 150.000 inscrições de Belém, no ano passado, o Fórum ainda assim será palco para a presença de políticos como os presidentes Lula e Hugo Chávez, da Venezeula. Na avaliação de Francisco Whitaker, da Comissão Brasileira Justiça e Paz, não é no sucesso de público que reside o principal indicador de sucesso do evento, mas em sua capacidade de multiplicação de experiências e propostas.

Lembrando que se trata de um evento descentralizado, os participantes da coletiva deram o tom de um evento que deve ser em grande medida uma avaliação e preparação ao próximo Fórum, que acontecerá no próximo ano em Dakar, no Senegal, este sim novamente um evento centralizado. Tanto isso pode ser real que o seminário que trará mais debates e provavelmente despertará maior atenção dos participantes chama-se “Dez anos depois: desafios e propostas para um outro mundo possível” e ocorrerá a partir de amanhã, com a presença de autoridades e lideranças do começo até o fim do evento, no dia 29 de janeiro.

O que se espera é que isso não signifique um Fórum sem agenda, focado em si mesmo, tendo em vista as recentes mobilizações da sociedade civil em torno do Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, as pressões de um ano eleitoral e a necessidade de reportar à sociedade um retorno mais concreto de todas as resoluções e mobilizações ocorridas a partir de 2001, data de sua primeira edição. Através dos próximos dias será possível verificar se essa hipótese se confirma ou se o Fórum Social Mundial, em 2010, está desde já a representar uma perspectiva de ação presente e efetivamente atuante no mundo contemporâneo e suas problemáticas.

Fonte: Agência Inclusive
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