Revista Reação entrevista o Dr. Zan Mustacchi
Um dos grandes nomes e referência mundial em Síndrome de Down, o médico, que também possui uma deficiência motora, conta com exclusividade para essa revista, um pouco de sua vida pessoal, profissional e sua contribuição para o cinquentenário do Down no Brasil…
Filho de imigrantes egípcios, Dr. Zan nasceu em Israel, onde viveu a infância com sua família, em uma delicada situação político-militar, até que seus pais, na busca de um futuro melhor, decidiram se mudar para o Brasil, onde já tinham parentes. A família veio para o Paraná, e seu pai foi trabalhar na construção civil. Mais tarde, a família foi para São Paulo, mas sempre apoiada na construção civil como sustento do lar. Ele conta que foi uma criança ativa e um tanto distraída na escola, e atribui isso à sua baixa estatura, que não permitia que ficasse com seus pés tocando no chão (o que o médico chama hoje de “conexão podo-cefálica” – o contato dos pés com o chão melhora a concentração e a capacitação da criança).
Em fevereiro de 1969, o então estudante Zan, sentiu dor de garganta. Estava fazendo o cursinho para o vestibular de medicina. Uma “virose” foi diagnosticada, mas o quadro se complicou para um abscesso cerebral (tumor benigno de pus em virtude de infecção bacteriana, que poderia ter sido evitada com o uso de antibióticos). Esse abscesso teve que ser retirado, e na cirurgia, Zan perdeu massa cerebral, deixando-lhe uma sequela conhecida como hemiplegia.
Esse fato, ocorrido no auge da juventude do estudante, mudou todos os seus planos. Em 1970, como a hemiplegia foi do lado direito, e Zan era destro, teve que aprender a escrever com a mão esquerda. Com dificuldade, lhe foi negada a prova oral em vários vestibulares (não existia na época, o direito atual do aluno com deficiência ter oportunidade de concorrer com os demais).
A partir do terceiro ano de faculdade, por morar nas proximidades do Hospital Infantil Darcy Vargas e seu professor de pediatria, Dr. Luiz Gustavo Horta Enge, ser responsável pelo atendimento de bebês prematuros de alto risco e preceptor do hospital, permitiu àquele aluno interessado a acompanhá-lo durante as férias, feriados e fins de semana em seu trabalho. Dr. Zan, mesmo consagrado e reconhecido nacional e internacionalmente em sua profissão, faz questão de frisar que ainda realiza esse trabalho até hoje.
Pai orgulhoso de duas filhas – Fernanda que é advogada e Roberta, fisioterapeuta – Dr. Zan conta que conheceu sua esposa Rosalba, quando foi sua chefe em seu estágio. Na mesma época em que iniciou uma vida de interesse científico com atenção especial para casos difíceis e de “desinteresse médico”. Como acadêmico, publicou vários trabalhos científicos, sempre descrevendo suas observações, mesmo que empíricas, afinal, sabia que toda realização e confirmação científica parte de um processo de observação empírica, e desta forma, conseguiu (como faz questão de frisar: sempre com o apoio de toda uma equipe envolvida) publicar em revistas nacionais e estrangeiras importantes observações que permitem, até então, a soma de conquistas progressivas.
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boa tarde dr; zan
eu tenho uma netinha ela e down ela nasceu com o coraçãozinho bem fraquinho minha filha fez cessariana urgente ela nasceu com 2200g
com cinco dias pessou 1800g estava com muita febre e nao mamava fez ecocardiograma obs;presença deminimo shunt sintemico-pulmomar pelo doppler-colorido de canal arterial em fechamento com um aninho fez outro ecocardiograma conclusão pequena cia do tipo forane oval patente,sem repercussão hemodinãmica. minha netinha presisa de fazer cirugia.estou sofrendo muito cada um fala de um geito mas confioem Deus depois em voce minha filha participou de suas palestra em brasilia e gostou muito..
desde ja lhe agradeço